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Jovens Escritores - Os animais são nossos amigos

Publicado em 06 Janeiro 2022

JOVENS ESCRITORES

Foi dada oportunidade aos nossos jovens de escreverem um artigo a publicar no jornal “O Sambrasense” o qual partilhamos.

 OS ANIMAIS SÃO NOSSOS AMIGOS

“Por ano cerca de 30.000 animais de companhia entram em centros oficiais de recolha e apenas 35% voltam a ser acolhidos por uma família.”,in SIC Noticias 18-08-2021.

Trinta mil entraram em centros oficiais de recolha… Certamente que o número dos que foram abandonados, no ano passado, foi igual ou superior. Abandonados e rotulados de animais errantes. Serão eles animais errantes ou seremos nós, humanos, que erramos quer na forma como pensamos quer nas atitudes que temos?

Tendo sido Outubro o mês do animal, pesquisamos quais as causas e desculpas do abandono. E estas são várias.…Ou porque nasceu um bebé, ou porque não tem um comportamento sociável, ou porque se mudou de casa, ou porque de repente um membro da família começou a sofrer de alergias, ou problemas económicos, ou porque o dono morreu, ou porque terminou a época da caça, porque se vai de férias, ou simplesmente porque cresceu e deixou de ter graça, porque é anti-natural a estilização, pelo que, caso a cadela engravide quando os filhotes nascem são-lhe retirados e largados em locais ermos, assinando assim a sua sentença de morte. Porque consideram a estilização é antinatural! Então e abandonar animais recém-nascidos que ainda nem os olhos têm abertos? Não é isso anti natural? Tantas desculpas sem sentido, sem nexo.

Também não devemos, nem podemos responsabilizar as câmaras pela não existência de canis, até porque, meus amigos, os canis não são, nem devem ser considerados espaços de vivência permanente. O canil deve ser visto como algo transitório que acolhe e mata a fome aos animais, que nasceram ou foram abandonados. É necessário mudar mentalidades, e de tudo fazer para que a vivência neste espaço seja passageira e não permanente como muitas vezes acontece, levando a que os existentes estejam sobrelotados e onde a maioria daqueles que lá entram, nunca mais de lá saem.

Combater estes números, combater o abandono é sinónimo de esterilizar, sendo que, pode recorrer à ajuda do Município, e o seu animal será esterilizado a custo zero. A outra forma de combater estes números é através da adoção. Se lhe for possível, adote! Até porque os amigos não se compram. Mas adopte com a consciência de que está a adoptar um animal pelo qual vai ser responsável e que vai depender de si para o alimentar, passear, higienizar e levar ao veterinário. Não um animal para viver sem cuidados e sem afecto, muitas vezes acorrentado acabando por desenvolver patologias que o podem matar ou incapacitar. É um ser que vai precisar de nós durante toda a vida.

Em troca, terá ali um companheiro para sempre!

  

Artigo escrito pelas crianças do 4º, 5º e 6º anos do ATL/Centro Jovens

Santa Casa da Misericórdia de S. Brás de Alportel